Ciclo de conversas

Identidade e singularidade, um direito de todos!

26 de outubro, 2024  16:00  Teatro da Comuna

Entrada Livre.
Inscreva-se para assegurar o seu lugar

Na sociedade contemporânea, os debates sobre identidade tornaram-se cada vez mais frequentes, marcados tanto pela complexidade como pela polarização de opiniões. Nesta conversa “Identidade e singularidade, um direito de todos!” pretendemos ir para além do mero reconhecimento da diversidade; procuramos um envolvimento empático e informado sobre as diversas realidades que moldam a identidade e singularidade de cada indivíduo: as narrativas pessoais e as complexas estruturas sociais que as influenciam.

No centro desta abordagem está o reconhecimento de que a individualidade e a singularidade são pilares essenciais para a construção de uma sociedade diversificada e vibrante. Estas qualidades não só enriquecem o nosso colectivo, como também proporcionam o contrapeso necessário às forças homogeneizadoras dos movimentos de massas e das estruturas rígidas. Num mundo cada vez mais dominado por soluções de tamanho único, a celebração da diversidade torna-se um Acto radical de resistência contra o conformismo.

No Festival Impacto, não impomos a concordância em todos os pontos, mas sim encorajamos a vontade de ouvir, de questionar pressupostos e de criar espaço para o diálogo.

Curadoria por:

COLECTIVO FACA é um projeto de cidadania ativa, que questiona as narrativas da cultura visual, formado em 2019 por Andreia Coutinho e Maribel Mendes Sobreira. Trazem discussões para o debate cultural português acerca das temáticas do feminismo, colonialismo, racismo, LGBTQI+ e não-normatividade em geral em espaços museológicos. Não apagando a História, cruzam as diversas narrativas, puxando as margens para o centro do debate.

Oradores:

Patrícia Correia Rico nasceu e cresceu no Alentejo Central, onde nasceu. Após uma década fora, voltou a encontrar nesta sub-região o equilíbrio que permitiu conciliar internato médico em Saúde Pública no Serviço Nacional de Saúde, o doutoramento em Filosofia prática e o activismo em bruto, que só acontece nos lugares onde ainda é necessário rasgar o véu do pre-conceito. Encontrou aqui o lugar ideal para explorar a natureza da relação que o sujeito contemporâneo mantém consigo próprio, com os outros e com o mundo. Não acredita em reduzir a sua identidade a uma única das suas vertentes para de adequar a um determinado contexto. Antes, faz-se acompanhar pelas múltiplas vivências e pelo conhecimento que bebeu até ao momento, procurando não compartimentalizar os diferentes contextos que encontra.

Andreia C. Coutinho (Lisboa, 1986) é ilustradora, mediadora educativa e arte educadora. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2009) e Master of the Arts em Ilustração pela Kingston University London (2015), é autora da zine auto-biográfica Hair (SapataPress 2018) e colaboradora de vários projectos de publicação independente em Portugal. Trabalha em museus desde 2010, com experiência em Portugal e no Reino Unido, e em mediação educativa desde 2013, tendo já colaborado em actividades e projectos no Museu Colecção Berardo, MAC-CCB, Fundação Calouste Gulbenkian e HANGAR- Centro de Investigação Artística, entre outros .É um dos membros fundadores do colectivo de activismo curatorial Colectivo FACA, e membro da UNA- União Negra das Artes.

Danilo Cardoso é arte-educador, licenciado em História [Universidade de Pernambuco | UPE], mestre em Educação [Universidade de São Paulo | USP] e doutorando em Antropologia [ISCTE/NOVA]. Acumula experiência docente desde 2003 na educação formal e não-formal – tanto no Brasil como em Portugal – em diálogo com as leis brasileiras que garantem uma Educação para as Relações Étnico-Raciais. É autor de três projetos coletivos contemplados nas três únicas edições do Prémio Municipal de Direitos Humanos na Criança e no Jovem: Com a mala na mão contra a discriminação: uma viagem pela história dos nossos direitos [Escola do Castelo]; Dicionário de Princípios: um guia infantil para ver e ouvir a cidade [EB Professor Oliveira Marques] e Igualdade em Rede: tecendo saberes emancipatórios [Escola António Arroio]. Coordena o Grupo EducAR desde 2018, é um dos investigadores das pesquisas Memórias do Racismo Académico Português | MRAP [com Helena Vicente] e Racismo e Xenofobia: a normalização do discurso de ódio no espaço público da internet [FCT|CRIA|AKAZ|EducAR]. É idealizador do Diário do !Agora!: um ciclo de escrita|leitura antirracista [Museu do Aljube´20], curador independente e autor de @notasdeumautoexilio. Trabalha como técnico educativo na Associação de Moradores do Bairro Horizonte onde é responsável pelo Programa Proinfância composto por reforço escolar e ATL.

Luísa Semedo nasceu em Lisboa, de mãe portuguesa e pai cabo-verdiano, viveu até aos 24 anos no Bairro da Serafina, antes de emigrar para França. Doutorou-se em Filosofia (especialidade Política e Ética) pela Universidade Paris-Sorbonne. Lecionou a cadeira de Criação e Gestão de Associações e ONG na Universidade Clermont-Auvergne e é professora de Filosofia no ensino secundário. Dirigiu várias associações, nomeadamente a Coordenação das Coletividades Portuguesas em França (CCPF) e preside a associação MigraCult. Foi conselheira no Conselho das Comunidades Portuguesas e presidenta do Conselho Regional Europa do CCP. Participou em várias antologias de contos e publicou o romance “O Canto da Moreia” em 2019 (Coolbooks/Porto Editora). Traduziu para francês o livro de Valter Hugo Mãe “O paraíso são os outros/Le paradis c’est les autres” (2021, Éditions Otium). Participou no livro coletivo “Boubaker Adjali l’africain” (2022, Éditions Otium). Foi cronista na Rádio Alfa e colaborou com o Lusojornal e a revista CapMag. Assina uma crónica quinzenal no jornal Público desde 2022. Tem dado várias conferências e publicado diversos textos sobre feminismo, racismo, migrações, pós-colonialismo e questões LGBTI+. Atualmente, é colunista no jornal Público e investigadora de pós-doutoramento no CRIMIC (Sorbonne Université) sobre questões AfroQueer

Moderação por Miguel Meneses
Interpretação LGP por Inês Gonçalves

Acessibilidade durante as sessões Festival Impacto
Políticas de bilheteira e acolhimento (bilhete acompanhante ou assistente pessoal);
Acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.
Se tiver um pedido de acessibilidade, uma pergunta ou um feedback para a equipa de acessibilidade, envie um e-mail para gestao@festivalimpacto.org. Serão realizados todos os esforços para satisfazer os pedidos efectuados com antecedência; os pedidos efectuados nos sete dias anteriores ao evento podem não ser garantidos.

Parceiro de Hospitalidade:

Ciclo de Conversas #1 - Identidade e singularidade | Território Inclusivo

geral@festivalimpacto.org

| Política de privacidade e cookies | © 2024 Festival Impacto