Amélia Amil, nascida a 5 de março de 1960, identifica-se orgulhosamente como uma CODA (Child of Deaf Adults), filha de pais Surdos Nativos de Língua Gestual. Em 2018, obteve uma pós-graduação em Língua Gestual Portuguesa e Educação de Surdos pela Universidade Católica.
A sua carreira inovadora começou em 1985, quando se tornou a primeira intérprete formal e monitora de língua gestual portuguesa no norte de Portugal. Foi sócia fundadora da ASASM (Associação de Surdos de Apoio a Surdos de Matosinhos) e colabora como intérprete de língua gestual no CASA, um centro de apoio aos sem-abrigo no Porto.
Amélia Amil também contribuiu com as suas competências como intérprete de língua gestual portuguesa para vários eventos de música, conferências, como interprete de língua gestual portuguesa (retirava) em contexto de tribunal, de polícia judiciária e outras entidades de segurança nacional, para canais de televisão, incluindo a SIC, a TVI e o Porto Canal. A sua carreira é definida pela sua vasta experiência de interpretação e pelo seu empenho na mudança social. Destaca-se a sua participação na produção do primeiro dicionário de Língua Gestual Portuguesa, “GESTUÁRIO”, publicado pela SNR – DGEB em 1991.
Em 2022, foi autora de “Rasgar Silêncios”, um livro inovador disponível em formato escrito e áudio, interpretado em língua gestual portuguesa e língua gestual internacional.
Para além das suas funções profissionais, Amélia Amil é formadora e ativista, dedicada à promoção da cultura, da língua e da justiça social das pessoas surdas.
No âmbito do Festival Impacto é pilar fundamental com os seus conhecimentos e personalidade marcante, será intérprete no ciclo de conversas, formadora no workshop “Deixe que as suas mãos contem a história!” e consultora para a acessibilidade da Pessoa surda, construindo pontes, com a própria comunidade.

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